Fortaleza de Santa Catarina - Casa do Capitão Mor - ©Guy Joseph
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Em 1586, Frutuoso Barbosa, donatário da Capitania da Paraíba e seu primeiro
governador, viu a necessidade urgente de construir uma fortificação para a
defesa da Cidade de Nossa Senhora das Neves. Escolheu uma ponta de terra à
margem direita do Rio Paraíba, no local conhecido como Cabedelo, que significa
ponta de areia ou pequeno cabo. O Forte do Cabedelo foi construído em madeira e
taipa. Desde
a sua fundação, o Forte recebia o descaso dos governantes, que a deixavam com um
pequeno número de defensores, quase abandonada, tornando-se alvo fácil de
ataques. Em virtude disso, o Forte foi totalmente destruído pelos íncolas
potiguaras, insuflados por piratas franceses, que frequentavam as costas do
Nordeste. A reconstrução se deu em 1592, dessa vez, em pedra calcária, sendo
batizada por Frutuoso Barbosa, de Forte de Santa Catarina em uma homenagem, claramente
oportunista e interesseira, a D. Catarina - Duquesa de Bragança, supostamente favorita na sucessão ao trono português, o que
terminou não acontecendo.
O FILME
Essa jornada faz parte do roteiro do curta metragem " A Saga da Fortaleza", que estou realizando, onde algumas estórias da nossa história são abordadas. O maior absurdo é o tratamento que a história oficial dá aos holandeses, descritos como verdadeiros bandidos e saqueadores. Na verdade, os holandeses trouxeram mais benefícios que os portugueses, incentivando a implantação de engenhos, fornecendo insumos e tecnologia, financiando a produção de açúcar e exportando o nosso açúcar para a Europa, com grandes lucros para Portugal. Havia uma parceria comercial e cordialidade entre a Holanda e Portugal, até que o fanático religioso, católico fundamentalista e Rei da Espanha, Filipe II passou a governar Portugal e Espanha. Ao assumir o trono português Filipe II proibiu a parceria estabelecida, dando um calote nas dívidas que Portugal contraíra com a Holanda. Toda a motivação que inspirava Filipe II era a sua intolerância religiosa, que não admitia a amizade com os holandeses, por serem eles, protestantes. Filipe II já atacava a Rainha Elizabeth I, apoiado por Roma e armado com a Inquisição, disposto a arrancar do trono, a "herege" para restaurar a igreja católica na Inglaterra. Depois de anos de lutas, a "invencível" armada de Filipe II virou pó.
Pouca gente sabe que a Fortaleza de Santa Catarina foi arrasada, durante as batalhas contra os holandeses e reconstruída pelo Conde Maurício de Nassau, logo que tomou posse da Capitania da Paraíba. O próprio Nassau, no discurso de 14 de janeiro de 1638, sob o tópico "Fortificações", informa:
O FILME
Essa jornada faz parte do roteiro do curta metragem " A Saga da Fortaleza", que estou realizando, onde algumas estórias da nossa história são abordadas. O maior absurdo é o tratamento que a história oficial dá aos holandeses, descritos como verdadeiros bandidos e saqueadores. Na verdade, os holandeses trouxeram mais benefícios que os portugueses, incentivando a implantação de engenhos, fornecendo insumos e tecnologia, financiando a produção de açúcar e exportando o nosso açúcar para a Europa, com grandes lucros para Portugal. Havia uma parceria comercial e cordialidade entre a Holanda e Portugal, até que o fanático religioso, católico fundamentalista e Rei da Espanha, Filipe II passou a governar Portugal e Espanha. Ao assumir o trono português Filipe II proibiu a parceria estabelecida, dando um calote nas dívidas que Portugal contraíra com a Holanda. Toda a motivação que inspirava Filipe II era a sua intolerância religiosa, que não admitia a amizade com os holandeses, por serem eles, protestantes. Filipe II já atacava a Rainha Elizabeth I, apoiado por Roma e armado com a Inquisição, disposto a arrancar do trono, a "herege" para restaurar a igreja católica na Inglaterra. Depois de anos de lutas, a "invencível" armada de Filipe II virou pó.
Pouca gente sabe que a Fortaleza de Santa Catarina foi arrasada, durante as batalhas contra os holandeses e reconstruída pelo Conde Maurício de Nassau, logo que tomou posse da Capitania da Paraíba. O próprio Nassau, no discurso de 14 de janeiro de 1638, sob o tópico "Fortificações", informa:
"O forte do sul (da entrada da barra do rio Paraíba do Norte) foi
inteiramente feito por nós: arrasou-se o velho forte de Santa Catarina, que era
muito pequeno, acanhado e de pouca resistência, e, no mesmo lugar e por fora
dele, levantou-se este outro. Para o lado de terra tem um bonito baluarte, cujas cortinas correm para a praia do mar, tendo de um e de outro lado um
meio-baluarte que se fecham por uma tenalha; a sua circunferência é bastante
espaçosa, e as suas muralhas belas e elevadas; mas por causa das areias movediças, como sucede em todas as
praias, não se pode ter fossos
profundos; de qualquer modo é de grande resistência. Antes do nosso governo foi
este forte empreitado, estando muito adiantada a conclusão dele; mas fomos nós
que pagamos a maior parte das despesas. Custou 31.000 florins".
Parabéns pela empreitada. Se precisar de mim, disponha. Moro aqui, em Cabedelo e gostaria de ver de perto as tomadas de cena. Um grande abraço. Ronaldo Monte.
ResponderExcluirGrato, pelas suas palavras de incentivo! O problema é que não disponho de uma agenda fixa de filmagens, dependendo do meu tempo livre e do bom tempo. Se puderes me passar o número de teu telefone, poderei de avisar da próxima saída para filmar. Terei o maior prazer em conhecê-lo, pessoalmente e compartilhar a experiência de ambiente de filmagens. Abraços
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